NacionalNotíciasPolítica

O Brasil voltou ás ruas pela democracia

País registra a maior mobilização popular nas ruas e nas redes sociais desde o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016

No último domingo, 25, uma significativa multidão dirigiu-se à Avenida Paulista, a principal artéria da cidade de São Paulo, participando de uma manifestação em apoio à democracia e às liberdades consagradas pela Constituição de 1988. O evento contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, bem como de governadores notáveis, a exemplo de Tarcísio Gomes de Freitas (SP), Ronaldo Caiado (GO), Jorginho Mello (SC) e Romeu Zema (MG), além do prefeito da cidade, Ricardo Nunes. A participação política no evento foi expressiva, com a presença de mais de 200 líderes políticos.

A Polícia Militar do Estado de São Paulo não registrou qualquer incidente durante o evento. Não há relatos de cartazes ou faixas, sendo as únicas bandeiras exibidas as do Brasil e de Israel. Todos os participantes reiteraram seu apoio ao povo judeu no conflito contra os terroristas do Hamas. As críticas de Lula a Israel no âmbito internacional, que resultaram em um pedido de impeachment no Congresso, foram destacadas pelos presentes.

Esse pedido fundamenta-se na Lei 1079/50, conhecida como Lei do Impeachment, cujo artigo constitucional classifica como crime de responsabilidade “auxiliar, por qualquer meio, nação inimiga a fazer guerra ou cometer hostilidade contra a República”.

O reverendo Silas Malafaia, responsável pela locação do trio elétrico utilizado pelos políticos, censurou a perseguição política que, segundo ele, o Supremo Tribunal Federal (STF) promove contra conservadores e liberais no país. Malafaia apresentou uma análise detalhada das distorções judiciais em favor do ex-presidente Lula e da reabilitação de numerosos políticos e empresas previamente condenados por atos de corrupção.

A representação visual obtida por meio de sobrevoo de helicópteros é notável: desde 2016, durante o ápice do processo de impeachment de Dilma Rousseff, o país não testemunhava uma mobilização de tal magnitude. O destaque central foi enfatizado pelo próprio Presidente Bolsonaro ao indagar: “Como podemos ter um presidente sem apoio popular?”, referindo-se à aparente ausência de Lula tanto nas ruas quanto nas plataformas de redes sociais.

Foi o Presidente Bolsonaro quem convocou a manifestação por meio das plataformas de redes sociais, solicitando que os cidadãos expressassem, em locais públicos, seu apoio às investigações conduzidas pela Polícia Federal, sob a supervisão do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-presidente encontra-se sob investigação em quase uma dezena de inquéritos, abrangendo acusações que variam desde a suposta conspiração para um golpe de Estado (embora a minuta correspondente não tenha sido convocada em termos constitucionais), até a alegada falsificação de registros de vacinação contra a Covid e a comercialização de joias recebidas como presentes de líderes estrangeiros no Oriente, entre outras.

Bolsonaro, ademais, reiterou sua discordância com a narrativa proposta por Moraes e pela mídia tradicional, que sugere a ocorrência de uma tentativa de golpe no país, associando-a à imagem estereotipada de um vendedor de algodão doce. Ele instou o Supremo Tribunal Federal (STF) a revisar a dosimetria de penas, que atualmente estabelece penas de 14 a 17 anos de reclusão para aqueles presentes na fatídica tarde de 8 de janeiro do ano passado em Brasília.

É imperativo que o Brasil transcenda a data de 8 de janeiro de 2023.

O ex-presidente retirou-se da Avenida Paulista com o resultado desejado: uma imagem que, conforme expresso de cima do trio elétrico, está destinada a circular globalmente. “Essa fotografia vai percorrer o mundo”, declarou.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo