PF monitora se presos que fugiram de Mossoró buscarão abrigo no RJ
Favelas do Rio de Janeiro são consideradas bunkers para abrigar criminosos do Comando Vermelho foragidos de seus estados
A Polícia Federal está vigilante quanto à possibilidade de os dois detentos que evadiram da Penitenciária Federal de Mossoró buscarem refúgio junto ao Comando Vermelho no Rio de Janeiro. Este estado é reconhecido como um reduto de acolhimento para membros da referida facção que se encontram em fuga de suas jurisdições de origem.
Em 2023, as forças de segurança no estado do Rio de Janeiro empreenderam uma extensa operação no Complexo do Salgueiro, situado em São Gonçalo (RJ), visando desmantelar atividades criminosas relacionadas a membros do Comando Vermelho oriundos do Pará, os quais haviam buscado refúgio na localidade.
Dois anos anteriores, em 2021, indivíduos ligados ao Comando Vermelho, provenientes do estado do Acre, foram alvo de uma operação conjunta conduzida pelo Batalhão de Operações Especiais e pela Polícia Federal no Complexo da Maré. Cumpre ressaltar que um desses criminosos encontrava-se oculto no Rio de Janeiro desde o ano de 2017.
Além da Polícia Federal, a Secretária de Segurança do Rio de Janeiro monitora a situação. O ponto principal de atenção é a Rocinha, considerada hoje um ponto estratégico para abrigar traficantes do Comando Vermelho.
Apesar da focalização específica no estado do Rio de Janeiro, é imperativo salientar que todas as unidades federativas do Brasil encontram-se em estado de alerta com o intuito de localizar os indivíduos Deibson Cabral Nascimento, conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, e Rogério da Silva Mendonça. Esses dois sujeitos representam os primeiros criminosos a obterem êxito em sua fuga de uma instituição penitenciária federal.
Antes de sua transferência para a Penitenciária Federal de Mossoró em setembro de 2023, Nascimento e Mendonça cumpriram suas penas no Complexo Penitenciário de Rio Branco, no estado do Acre. A decisão de encaminhar ambos, juntamente com outros 12 detentos, ao sistema penitenciário federal foi tomada pelo governo do Acre após uma rebelião no Presídio Antônio Amaro Alves, que resultou na morte de cinco detentos em julho de 2023. De acordo com as autoridades locais, Nascimento e Mendonça, vinculados ao Comando Vermelho, estiveram “diretamente envolvidos” nos eventos tumultuosos da referida rebelião.
