Goiânia

GOIÂNIA, CAPITAL DA AGENDA 2030

Projeto de educação patrimonial promove o tema do desenvolvimento urbano sustentável

O projeto “Goiânia, Capital de 2030” tem atuado para quebrar os padrões mentais que cristalizaram percepções e imaginários urbanos reducionistas da capital do Estado. Na busca por um projeto de cidade e sociedade inteligente, educadora e sustentável, o coletivo tem aglutinado distintos backgrounds em uma diatribe contra a falta de consciência histórica e patrimonial goianiense.

Em uma primeira fase desse projeto de educação patrimonial do Movimento ARTetetura e HUMANismo, que se iniciou em 2021, o objetivo foi a refundação e preservação do patrimônio edificado e natural, enquanto signo histórico da Revolução de 1930 e do Urbanismo Moderno. Diversas reportagens especiais, documentários etnográficos, campanhas educomunicativas e produções acadêmicas sobre questões socioambientais, urbano-patrimoniais e sociomuseológicas já foram divulgadas desde 2021. O objetivo era o de autenticar a memória e a identidade coletiva da cidade enquanto capital planejada, símbolo do urbanismo (paisagismo) moderno e do anticoronelismo político.

O projeto tem, assim, um potencial de despertar a verdadeira vocação turística da cidade, para além do turismo de negócios e de eventos, como festivais e shows de música sertaneja, colocando Goiânia como destino para os entusiastas do turismo cultural e ecológico. Mas para Goiânia se tornar a capital de “2030”, será preciso mais do que city-marketing, mas também de assumir como representação coletiva, um conjunto de valores da cultura sustentável, que, por sua vez, poderá influenciar o uso de boas praticas de agronegócio no interior do Estado.

Em 2023 o “Goiânia, Capital de 2030” está divulgando uma campanha  educomunicativa para disseminar o conteúdo dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU de forma localizada, por meio de uma gincana de doações para ONGs que se enquadrem em cada um dos 17 objetivos (https://goiania2030.weebly.com/) e 17 empresas mentoras que receberam o selo sustentável “Goiânia 2030”. Em paralelo a isso, o projeto tem realizado um think tank para fomentar e divulgar ideias urbanas sociambientalistas concretas, compatíveis cada um dos ODS,  para os diversos bairros da cidade, no que visam dar um cor-local às todas cores-pautas do símbolo gráfico da Agenda 2030.

Segundo Fred Le Blue, diretor artístico do projeto: “Goiânia é uma cidade com uma memória urbana, ambiental, política e cultural pioneira e visionária que merece ser bem contada, para que os novos agentes da história do amanhã possam conhecer e preservar esse legado, bem como, sonhar a Goiânia dos próximos 100 anos. Mas, para isso, temos que começar agora a mudança de padrão mental e identidade urbana para nos tornamos uma capital verde em todos os sentidos e não a Dubai do Cerrado, com clima de deserto, inclusive, como parecem querer os defensores do adensamento verticalizado como modelo de urbanidade”.

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