Os reclusos que evadiram-se da Penitenciária Federal de Segurança Máxima em Mossoró (RN), no dia 14 de fevereiro, não haviam deixado suas celas onde estavam detidos há um período de cinco meses. Esta informação foi compartilhada pelo juiz-corregedor da referida prisão, Walter Nunes, durante uma entrevista à imprensa nesta semana.
Conforme Walter Nunes explicou, o fato de os detentos estarem sob o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) os impediu de ter acesso a objetos como barras de ferro, as quais seriam utilizadas para criar um orifício na parede, possibilitando a abertura de uma rota para a fuga. O juiz federal afirmou que os buracos encontrados nas paredes das duas celas só poderiam ter sido feitos com o uso das barras de ferro.
Quanto ao acesso a objetos de ferro, Walter Nunes enfatizou a suspeita de que alguém entregou as barras aos dois presos. Apesar de estarem em celas individuais, Rogério e Deibson estavam localizados em celas vizinhas, separadas apenas por uma parede. A suposição é de que ambos possuíam ferramentas, como barras de ferro e marretas, que foram utilizadas para abrir as paredes, mantendo assim contato para agir de maneira coordenada.
Segundo informações do colunista Josmar Jozino, vinculado ao UOL, uma fonte relacionada à Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) indicou que, ao conseguirem sair das celas, Nascimento e Mendonça dirigiram-se ao alambrado do presídio, onde existe uma cerca elétrica. Contudo, o equipamento estava desativado. Os fugitivos, então, cortaram o arame com um alicate por volta das 3h37 de quarta-feira. Conforme relato do jornalista, uma das câmeras de segurança da penitenciária registrou o momento em que Deibson e Rogério deixaram o presídio.
Buscas dos criminosos