Brasileiros integram assalto milionário no Paraguai
Grupo, com participação de brasileiros, utilizou túnel de 180 metros; alvo do crime foi Associação dos Trabalhadores de Câmbio do Paraguai
A empreitada perpetrada pelos delinquentes transcorreu sem pressa, sendo conduzida com meticulosidade. O cenário do delito encontra-se em proximidade com a via mais movimentada da localidade, e, contudo, a atividade dos suspeitos não despertou a atenção das autoridades paraguaias.
Na nação vizinha, denomina-se cambistas aqueles indivíduos que se dedicam à negociação de moeda estrangeira nas vias públicas. São doleiros que acondicionam recursos financeiros no cofre da referida associação, posicionado estrategicamente em um ponto de destaque na urbe.
O banco situado sobre o túnel está equipado com sensores de movimento, os quais foram ativados em diversas ocasiões durante a noite, enquanto os criminosos se dedicavam à escavação do túnel. O sistema de alarme, acionado pelo disparo dos sensores, automaticamente notificava a polícia paraguaia, que prontamente se deslocava até o local para efetuar a verificação, contudo, não identificava nenhuma irregularidade.
A Polícia Federal brasileira já está colaborando ativamente nas investigações, monitorando dois suspeitos adicionais, que também mantêm ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e são apontados como os mentores do ataque à associação dos cambistas. Um dos indivíduos já possui histórico de prisão por assalto a banco, enquanto o outro está sob investigação por envolvimento em tráfico de armas.
“Essas pessoas têm suas conexões devidamente comprovadas com a organização criminosa. Portanto, estamos explorando a possibilidade de que tenham sido os maestros por trás desse subtração”, revela Marco Smith, delegado encarregado das investigações.