BNDES aprova R$ 1,1 bi para exportação de jatos da Embraer para os EUA
O financiamento é o terceiro aprovado pelo BNDES à exportação de aeronaves da família E2 para a companhia americana
A Empresa Brasileira de Aeronáutica S/A (Embraer) receberá o pagamento de R$ 1,1 bilhão, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pela exportação de oito jatos comerciais para a empresa norte-americana Azorra. Os aviões E190-E2 e E195-E2 serão entregues a partir deste mês e ao longo de 2025 pela fabricante localizada em São José dos Campos (SP).
O empréstimo será destinado à compra de aeronaves dos modelos E190-E2 ou E195-E2. A Azorra, com sede na Flórida, nos EUA, é especializada na aquisição e no arrendamento de aeronaves para a operação de companhias aéreas comerciais.
O financiamento é o terceiro aprovado pelo BNDES à exportação de aeronaves da família E2 para a companhia americana. A operação terá garantia de um seguro de crédito privado oferecido pela agente de seguros Itasca MGA, especializada no segmento da aviação. O seguro de crédito é do tipo Seguro de não Pagamento de Aviação, tradução da sigla ANPI, em inglês. Ele oferece cobertura integral do crédito pelo prazo total da operação, ressalta o BNDES, que adota pela primeira vez essa modalidade de garantia. A dívida é contratada em dólares, e a conversão para o real é feita na data do pagamento.
O montante do negócio não foi divulgado. O banco de fomento já financiou a exportação de 56 aeronaves da Embraer para Europa, Ásia e Américas em 2024, lembrou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “Fechamos novos contratos para aviões comerciais e militares. (O banco) Também está apoiando a produção do carro voador da empresa, com fábrica no Brasil e elevada produção tecnológica. São financiamentos que comprovam a eficácia da atuação autônoma, célere e transparente do banco. Na história, o BNDES já apoiou a produção de mais de 1.300 aviões da empresa”, declarou Mercadante, em nota.
‘Essencial’
“O apoio de instituições de crédito como o BNDES é essencial. Temos buscado soluções inovadoras de financiamento de modo a oferecer alternativas mais interessantes para os nossos clientes, fortalecendo nossa posição no cenário global”, disse o vice-presidente executivo Financeiro e de Relações com Investidores da Embraer, Antonio Carlos Garcia, em nota.
Entrave no radar
O financiamento do BNDES às vendas externas de aviões, porém, pode ser afetado por uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). A PEC, do deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE), dá ao Congresso o poder de apreciar e vetar os empréstimos do banco de fomento a exportações de bens e serviços brasileiros. O projeto passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara no último dia 4. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Agência Estado)