Após assumir o cargo, Margareth Menezes buscou orientação da Comissão de Ética da Presidência da República em duas ocasiões para esclarecer se poderia realizar os shows contratados anteriormente à sua posse. Ambos os contratos foram firmados após 22 de dezembro de 2022, data em que Lula anunciou a cantora como futura ministra.
Em ambas as consultas, a resposta foi negativa quanto à possibilidade de receber remuneração proveniente de recursos públicos após assumir o cargo. Este entendimento é consolidado pela comissão, que estabelece que um ministro responsável por verbas destinadas a determinado setor não pode ser beneficiado pessoalmente por esses recursos. No caso específico de Margareth, o Ministério da Cultura é responsável por aprovar projetos enquadrados na Lei Rouanet e pela liberação de verbas para eventos culturais em todo o país.
“Destaque-se, também, que a consulente deve se abster de receber remuneração, vantagens ou benefícios dos entes públicos de qualquer esfera de Poder, inclusive aqueles recursos oriundos das leis de incentivo à cultura”, afirmou o relator, em trecho enfatizado pelo Estadão.