Justiça anula última multa de Bolsonaro na véspera de ato na Paulista
A última multa, anulada pela juíza Juliana Maria Maccari Gonçalves, era de R$ 376.860
A Justiça Paulista invalidou uma penalidade adicional imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em virtude da infração às diretrizes concernentes ao uso de máscaras no contexto da pandemia de covid-19. Neste episódio, o montante da execução fiscal extirpada totalizou aproximadamente R$ 370 mil. A deliberação foi proferida nesta sexta-feira, 23, antecedendo o evento político programado para a tarde do próximo domingo, 25, na Avenida Paulista, localizada em São Paulo.
A recente penalidade, revogada pela magistrada Juliana Maria Maccari Gonçalves, da Vara de Execuções Fiscais Estaduais, totalizava o montante de R$ 376.860. Anteriormente, a referida juíza já havia anulado outra execução fiscal contra Bolsonaro, cujo valor ascendia a R$ 55 mil. Essas decisões judiciais foram proferidas após a Fazenda Nacional proceder ao cancelamento dos débitos, respaldada na legislação sancionada por Tarcísio.
Ademais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também se beneficiou dessa medida. Em 18 de janeiro, o filho do ex-presidente obteve anistia superior a R$ 56 mil em decorrência de uma ação anulada. O parlamentar aguarda o desfecho do julgamento de outra penalidade aplicada pelo mesmo motivo.
Ao longo da pandemia, a Secretaria de Saúde do Estado emitiu 10,7 mil penalidades, sendo que apenas 579 indivíduos foram autuados por não observarem o uso de máscara em vias públicas. Além disso, 2,6 mil pessoas foram multadas por não empregarem máscaras dentro de estabelecimentos, enquanto 5,5 mil estabelecimentos foram autuados por descumprir as medidas sanitárias.
Ao perdoar as multas, o governo de São Paulo deve deixar de arrecadar R$ 72,1 milhões. Sozinho, Bolsonaro era responsável por quase R$ 1 milhão, soma referente às cinco execuções penais às quais responde por não usar máscara.
‘Vaquinha’
Um levantamento do Estadão, publicado em junho de 2021, mostrou que Bolsonaro descumpriu a lei sanitária a maior parte do tempo em que esteve cumprindo agendas durante a pandemia. Até aquela data, ele não havia usado máscaras em sete a cada dez eventos de sua agenda, ou 73% dos casos.
Ato na Paulista