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Veja quem são os 37 ministros do presidente Lula

A três dias da posse, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira os 16 nomes de ministros que faltavam no primeiro escalão do futuro governo. A escalação final só foi definida na véspera, após costuras políticas que desalojaram alguns petistas de pastas para as quais já haviam sido convidados para dar lugar a nomes indicados por partidos de centro, como MDB, PSD e União Brasil. Ao todo, as três legendas, que oficialmente não apoiaram o petista na campanha, terão oito ministérios.

“Depois de um trabalho intenso, depois de muita tensão, depois de muita conversa e muito ajuste, terminamos de montar primeiro escalão do governo”, afirmou Lula logo ao subir ao palco do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funciona a transição.

Entre os nomes que anunciados estão da senadora Simone Tebet (MDB) para o Planejamento, Marina Silva (Rede) que voltará a chefia do Meio Ambiente após 14 anos — a ambientalista ocupou o mesmo ministério durante os dois governos do petista, entre 2003 e 2008 — e o de Sonia Guajajara (PSOL-SP), que será a ministra dos Povos Indígenas.

Na montagem do futuro ministério, Lula deixou sob a influência do PT postos-chave da administração como Fazenda, Casa Civil, Educação e Desenvolvimento Social, mas barganhou áreas importantes para atrair apoio de MDB, União Brasil e PSD, que representam 28% das cadeiras da Câmara e 38% do Senado. Entregou pastas de relevância a futuros aliados como Cidades, que ficará com Jader Filho (MDB-PA) e Transportes, com o senador eleito Renan Filho (MDB-AL).

O senador Carlos Fávaro (PSD-MT) assumirá Agricultura e o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) Minas e Energia. Diante da insatisfação de deputados do PSD pela escolha de dois senadores, Lula decidiu ampliar o espaço da legenda e entregou à legenda de Gilberto Kassab um terceiro ministério, a Pesca, que ficará com o deputado federal André de Paula (PSD-PE).

Já o cobiçado Ministério de Integração Nacional ficará com o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), um indicado do senador Davi Alcolumbre (União Brasil), numa vaga que estava reservada para o União. O presidente da legenda, Luciano Bivar, porém, disse não se tratar de uma escolha da sigla, que indicou os deputados Daniela do Waguinho (RJ), no Turismo, e Juscelino Filho (MA), nas Comunicações.

Ao entregar Comunicações ao União Brasil, Lula precisou deslocar o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), para quem já havia sido prometida a pasta. A saída foi oferecer ao deputado petista o Ministério do Desenvolvimento Agrário, que dias antes havia sido ofertada ao líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG). Reginaldo era dado como certo no Desenvolvimento Agrário até a tarde de quarta-feira, mas acabou rifado em meio ao novo arranjo político para acomodar o PSD e União Brasil, que ficarão com três ministérios cada.

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