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Tarcísio é o preferido para presidência, diz pesquisa feita no ato pró-Bolsonaro

Apesar de favorito, Tarcísio não foi o único citado pelos entrevistados. Michelle Bolsonaro, Romeu Zema, Eduardo Bolsonaro e Damares Alves também apareceram na pesquisa

Durante o evento realizado no último domingo, dia 25, na Avenida Paulista, em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi constatado que 61% dos participantes entrevistados consideram que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apresenta-se como a melhor opção para concorrer à Presidência nas eleições de 2026, caso Bolsonaro permaneça inelegível. Esta informação foi colhida por meio do Monitor do Debate Político no Meio Digital, um projeto de pesquisa conduzido pelo Grupo de Políticas Públicas para o Acesso à Informação (GPoPAI) da Universidade de São Paulo (USP).

O estudo, conduzido no intervalo compreendido entre 13h30 e 17h, abordou 575 indivíduos, identificando distintas características dos simpatizantes de Bolsonaro, proporcionando, inclusive, a delimitação do perfil desses apoiadores. No contexto das indagações acerca das eleições presidenciais de 2026, considerando a impossibilidade de candidatura por parte de Bolsonaro, Tarcísio emergiu como o favorito entre os participantes do ato.

Entretanto, para 39% dos seguidores do presidente Bolsonaro, há outros indivíduos que despertam maior interesse como postulantes à presidência:

  • 19% mencionaram o nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Ela teve participação significativa ao inaugurar os discursos na Avenida Paulista, além de recitar passagens bíblicas, expressando sua insatisfação diante de alegados “ataques e injustiças” enfrentados por sua família;
  • O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), presente no evento e que compartilhou uma refeição com Bolsonaro e outros governadores, foi indicado por 7% dos entrevistados;

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi mencionado por 1% dos participantes da pesquisa. Ele contestou a estimativa de público na manifestação realizada pelo Monitor, estabelecendo uma comparação com os resultados das urnas eletrônicas e questionando a confiabilidade do processo eleitoral.

  • 1% dos respondentes da pesquisa indicou a senadora e ex-ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos), como potencial candidata à presidência;
  • O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) foi apontado como a escolha preferida por 1% dos entrevistados;
  • O ex-ministro-chefe da Casa Civil, que integrou a chapa à reeleição de Bolsonaro em 2022, Walter Braga Netto, emergiu como o nome favorito para 1% dos manifestantes entrevistados. Ele figura como um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, uma investigação conduzida pela Polícia Federal (PF) que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022;
  • 6% indicou desconhecimento;
  • 3% não manifestou apoio a nenhum dos mencionados anteriormente.

A pesquisa também abordou a perspectiva dos entrevistados em relação à postura que o presidente Bolsonaro deveria ter adotado após o desfecho das eleições de 2022:

Indagados sobre a viabilidade de o ex-presidente ter decretado uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), 49% responderam afirmativamente; 39% manifestaram discordância; 12% revelaram não ter opinião formada sobre o assunto.

No que diz respeito às Forças Armadas, 42% dos entrevistados sustentam a perspectiva de que deveriam ter sido acionadas por Bolsonaro; 45% se posicionaram contrariamente, enquanto 12% manifestaram desconhecimento sobre a questão.

Indagados acerca da possibilidade de Bolsonaro ter decretado Estado de Sítio em 2022, 23% concordaram com a medida, ao passo que 61% expressaram discordância; 15% não puderam oferecer uma resposta conclusiva.

A pesquisa também revelou resultados relativos à confiança nos desfechos das eleições de 2022:

88% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro foi o vencedor das eleições presidenciais, em detrimento de Lula (PT), enquanto 8% discordam dessa percepção; 4% declararam não possuir uma opinião formada sobre o tema.

No que concerne às eleições municipais deste ano, 47% dos entrevistados sustentam a perspectiva de que o ex-presidente deveria apresentar um novo candidato à Prefeitura de São Paulo, ao passo que 37% indicaram que ele deveria apoiar o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), o qual, juntamente com outros três pré-candidatos ao cargo de prefeito, participou do evento.

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