Indústria em Aparecida insere reeducandos no mercado de trabalho
Prefeito Vilela visitou as instalações e elogiou iniciativa da Sallo Jeans, que emprega 213 reeducandos em fábrica instalada dentro do Complexo Prisional

O prefeito Leandro Vilela visitou nesta segunda (26) a fábrica da indústria Sallo Jeans instalada dentro do Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel, localizado em Aparecida. No local trabalham 213 reeducandos, entre homens e mulheres. Eles produzem diariamente 10 mil peças de roupa, dentro do programa de reinserção social Heliponto, o ponto de partida de uma nova história.
Idealizador da iniciativa e proprietário da empresa, Marcos Sallo explicou a Vilela que o programa existe há 8 anos e por ele já passaram cerca de 1 mil reeducandos. No local, além de roupas, eles produzem brinquedos pedagógicos de madeira, móveis e blocos de concreto usados para calçamento. Ainda na indústria, um grupo de reeducandos, supervisionados por nutricionistas, trabalham no refeitório preparando as refeições servidas na fábrica.
“Esse projeto é muito nobre, de extrema importância, porque abre portas para aqueles reeducandos que querem trabalhar, reescrever suas histórias e aprender um ofício para ter um lugar no mercado de trabalho aqui e lá fora, quando ganharem liberdade”, disse o prefeito Vilela. Ele estava acompanhado dos secretários Coronel Marco Aurélio Godinho (Segurança Pública) e Wagner Siqueira (Desenvolvimento Urbano), além de Josimar Pires, diretor-geral de Administração Penitenciária.

Marcos Sallo ressaltou que, em muitos casos, a Sallo efetiva na sua fábrica principal ex-reeducandos que se destacaram no programa Heliponto. Atualmente, a empresa tem 30 profissionais que saíram do Complexo Prisional direto para a sede da empresa. “Hoje, não encontramos mão de obra no mercado para fazer o trabalho que eles fazem”, defendeu o empresário.
O reeducando O.S.F, de 50 anos, faz planos para seguir na confecção quando ganhar liberdade. Ele é um dos que trabalham na fábrica no Complexo Prisional. “Esse projeto é muito importante para nós, para a nossa autoestima, nossa família. E saindo daqui, a gente sabe que tem uma porta, uma oportunidade esperando a gente lá fora.” Além de salário fixo e ganhos por produtividade, os reeducandos têm 1 dia da pena total abatido a cada 3 dias de trabalho.