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Presos que fugiram da penitenciária de Mossoró são “matadores” do CV

Dupla é a primeira a escapar do Sistema Penitenciário Federal. Mais de 100 policiais buscam os condenados em Mossoró, no Rio Grande do Norte

Primeiros detentos a fugir de uma penitenciária federal no Brasil, Deibson Cabral Nascimento, o “Deisinho”, e Rogério da Silva Mendonça, conhecido como “tatu”, são “matadores” da facção carioca Comando Vermelho (CV).

Eles seriam incumbidos da execução de oponentes e afiliados que transgredissem as normas internas da organização criminosa, desempenhando papel integral no denominado “tribunal do crime”. O evento de fuga foi oficialmente documentado nesta quarta-feira, 14 de fevereiro, desencadeando uma mobilização que envolve mais de uma centena de agentes policiais em Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte.

Os referidos criminosos, originários do estado do Acre, foram transferidos para a Penitenciária Federal de Mossoró em setembro do ano precedente, após seu envolvimento em uma rebelião sangrenta ocorrida no Presídio Antônio Amaro Alves, situado em Rio Branco, Acre.

No conflito, cinco internos foram mortos, três deles decapitados. A Polícia Civil do estado acredita que a dupla teve ligação direta com as mortes, uma vez que os presos executados pertenciam a um grupo rival do CV, o Bonde dos 13.

Sentenciado a uma pena de 81 anos de reclusão, Deibson Cabral Nascimento foi detido em agosto de 2015. Esta não representa a primeira ocasião em que o referido indivíduo foi transferido para uma instituição penitenciária federal; anteriormente, o fugitivo já havia sido encaminhado ao presídio federal de Catanduvas, no estado do Paraná. Sua ficha criminal ostenta condenações por crimes como assaltos, furtos, roubos, homicídio e latrocínio. Da mesma forma, Rogério possui uma extensa ficha criminal, sendo condenado a uma pena de 74 anos de prisão.

A fuga dos criminosos do Sistema Penitenciário Federal (SPF) é investigada pela Polícia Federal. Ainda na tarde desta quarta (14), o secretário André Garcia, da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), embarcou para Mossoró a fim de acompanhar de perto as buscas.

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