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Fusão entre PSDB e Podemos redesenha cenário político: o que muda e como fica Marconi Perillo em Goiás

A política brasileira assiste a mais um movimento de consolidação partidária com a fusão entre PSDB e Podemos, criando uma nova legenda que promete fortalecer o centro político e disputar espaço relevante nas eleições municipais de 2024 e, principalmente, nas de 2026. A união foi aprovada pela executiva do PSDB e já gera repercussões em todo o país — especialmente em estados como Goiás, onde o tucanato tem raízes históricas profundas e onde a figura de Marconi Perillo, atual presidente nacional do PSDB, ocupa papel central.

O que é uma fusão partidária?

A fusão partidária ocorre quando dois partidos políticos decidem se unir, formando uma nova sigla com estatuto, diretório e número de registro próprios. Diferentemente da incorporação (quando um partido é absorvido por outro), a fusão implica na criação de um novo ente político, que herda os direitos e obrigações dos partidos originários.

No caso de PSDB e Podemos, a nova sigla ainda está em fase de registro definitivo junto ao TSE, mas o acordo político já está consolidado. A proposta é unir a tradição tucana com o capital político emergente do Podemos, que ganhou projeção com figuras como o senador Álvaro Dias e a ex-juíza Renata Abreu.

E o PSDB em Goiás?

O estado de Goiás sempre foi um bastião do PSDB, especialmente sob o comando de Marconi Perillo, que governou o estado por quatro mandatos e mantém forte influência nos bastidores da política goiana. Com a fusão, surgem perguntas inevitáveis: o que muda para o PSDB goiano? E como fica a liderança de Marconi?

Nos bastidores, avalia-se que Marconi Perillo sai ainda mais fortalecido. Como presidente nacional do PSDB, ele foi um dos articuladores da fusão e terá papel determinante na organização e distribuição do novo partido nos estados. Goiás, por sua importância estratégica e eleitoral, tende a ser um dos palcos centrais da reconfiguração interna.

Marconi Perillo: fortalecimento ou desafio?

O ex-governador tem capital político consolidado e trânsito nacional. Com a fusão, poderá ampliar sua influência sobre as bases do Podemos em Goiás, o que pode significar novas alianças locais ou disputas internas por espaço.

Por outro lado, o desafio será equilibrar interesses. Setores do Podemos goiano podem resistir à liderança tucana, especialmente se houver disputa por candidaturas ou diretórios. Marconi precisará usar sua habilidade política para costurar apoios e manter a unidade da nova legenda no estado.

Repercussões para 2026

A fusão chega em um momento estratégico: às vésperas das eleições municipais de 2024, que servirão como termômetro para o novo partido, e com foco em 2026, quando estarão em jogo a presidência da República, governos estaduais, Senado e a renovação do Congresso.

Em Goiás, o novo partido deve buscar protagonismo nas principais cidades e preparar terreno para um possível retorno de Marconi ao cenário eleitoral — seja como candidato ou como principal articulador das forças de centro no estado.

Conclusão

A fusão entre PSDB e Podemos é mais do que uma movimentação burocrática: é um reposicionamento político em nível nacional, com desdobramentos locais importantes, especialmente em Goiás. Para Marconi Perillo, trata-se de uma oportunidade de reafirmar sua liderança, mas também um teste de habilidade para manter o novo partido coeso e competitivo.

Nos próximos meses, será essencial acompanhar como se dará a transição nos diretórios estaduais e como as lideranças locais se posicionarão. A política goiana, como sempre, será um campo privilegiado para observar os reflexos desse novo capítulo partidário.

via: Blog do Cleuber Carlos

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