Fabrício Rosa critica proposta de Sandro Mabel de fechar turmas da EJA
”Educação de Jovens e Adultos é uma ferramenta de redução das desigualdades”, defende o vereador do PT
O vereador Fabrício Rosa (PT), presidente da Comissão dos Direitos da Criança e Adolescente (CDCA) da Câmara Municipal de Goiânia, criticou na manhã desta quinta-feira (26/12) a proposta do prefeito eleito Sandro Mabel (UB) de reduzir de 55 para 25 as escolas que oferecem turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na cidade de Goiânia a partir de 2025. “Educação de Jovens e Adultos é uma ferramenta de redução das desigualdades”, observa o parlamentar.
De acordo com o vereador Fabrício Rosa, reduzir o total de escolas que oferecem turmas da EJA é punir mais uma vez quem não teve condições de estudar na idade indicada. “São muitos os adolescentes e adultos que sonham em aprender a ler e escrever. Sem o EJA, muitas dessas pessoas vão continuar a constar na triste estatística de 36 mil analfabetos em Goiânia.”
Para Fabrício Rosa, a EJA cumpre um papel emancipatório para quem, desde cedo, foi obrigado a conviver com a fome e a miséria. “É uma oportunidade de mudar de vida a existência da EJA. Por isso, é um absurdo querer diminuir o número de escolas que oferecem essa educação inclusiva”, descreve o vereador.
Novo plano de carreira
Em discurso no plenário, Fabrício Rosa se posicionou ao lado dos técnicos-administrativos da Educação da rede municipal de ensino, que lotaram as galerias da Casa para cobrar a aprovação de um novo plano de carreira da categoria.
Prometido pelo prefeito Rogério Cruz (SDD), o projeto de lei do novo plano de carreira dos técnicos-administrativos até hoje não foi enviado à Câmara Municipal. “Pedimos que o prefeito eleito abra o diálogo com a categoria e negocie a melhoria salarial com esses heróis dos bastidores da educação goianiense.”
Hoje, os técnicos-administrativos da Educação municipal em Goiânia recebem salários que vão de R$ 1.415 a R$ 2.341. O último reajuste, de 4,18%, ocorreu em dezembro de 2023. “É uma vergonha que esses profissionais recebam um salário máximo de apenas R$ 2.341 por mês”, pontua Fabrício Rosa.