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8 de janeiro: PF prende empresários que forneceram água a manifestantes

Adauto Lúcio de Mesquita e Joveci Xavier de Andrade são sócios da rede Melhor Atacadista

A Polícia Federal (PF) efetuou prisões preventivas, no dia 29 de março, de dois empresários sob suspeita de fornecimento de água, alimentos e recursos financeiros aos acampamentos de Brasília. Os indivíduos alvos foram os sócios Joveci Xavier de Andrade e Adauto Mesquita, ligados à Melhor Atacadista, uma rede de mercados no Distrito Federal.

Essas prisões marcam o início da 25ª fase da Operação Lesa Pátria, que tem por objetivo investigar os eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

Segundo informações da Polícia Federal (PF), os empresários teriam providenciado recursos financeiros, alimentos e água aos manifestantes que acamparam em frente ao quartel-general do Exército. Até o momento, a operação já efetivou 34 mandados judiciais, sendo 24 de busca e apreensão, três de prisão e sete de monitoramento eletrônico.
Em nota dos empresários informou que “não obteve acesso à decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes
Operação da PF prende empresários e CPI’s pedem indiciamento
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas do Congresso Nacional formalizaram a solicitação de indiciamento dos empresários. As etapas da investigação estão em curso em sete Estados: Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Espírito Santo, além do Distrito Federal. Em conjunto com os mandados judiciais, o ministro Moraes também decretou a indisponibilidade de bens, ativos e valores pertencentes aos investigados.
Nikolas Ferreira
@nikolas_dm
“Imagina se o judiciário tivesse o mesmo ímpeto de
reprimir o crime organizado como tem em prender
atacadistas que forneceram água e comida pra…
pessoas.”

Segundo informações da corporação, “a quantia dos danos causados ao patrimônio público pode chegar a R$ 40 milhões”. Andrade negou sua participação nos ataques, embora tenha admitido estar presente no local das manifestações em 8 de janeiro de 2023. Por sua vez, Mesquita é suspeito de transferir fundos para as contas bancárias de alguns manifestantes, além de realizar o pagamento do transporte até a Esplanada dos Ministérios no dia das manifestações.

De acordo com o relatório da Polícia Civil encaminhado à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Mesquita não apenas auxiliou os manifestantes, mas também teria participado ativamente dos protestos.

O que diz a defesa

A defesa de Adauto Lúcio Mesquita e Joveci Andrade emitiu a seguinte nota:

“A defesa de Adauto Lúcio Mesquita e Joveci Andrade não obteve acesso à decisão do Senhor Ministro Alexandre de Moraes. Ressalta-se que, desde o início, houve esforços para esclarecer todos os fatos, compromisso que será mantido perante o Supremo Tribunal Federal.

A realização de apurações pelo Estado é considerada válida, e os investigados veem agora a oportunidade de elucidar completamente as questões em aberto. Eles reiteram seu compromisso com a democracia, o Estado de Direito, o respeito às Instituições, ao processo eleitoral, ao Ministério Público e ao Judiciário, com especial ênfase na sua instância máxima, o Supremo Tribunal Federal.”

O grupo ao qual Joveci e Adauto são acionistas reitera que é contra o vandalismo e a intolerância política, e acredita que a democracia é feita com pensamentos diferentes, mas jamais com violência. A diretoria do Grupo respeita as Instituições Brasileiras, a democracia e o Estado de Direito.

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