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Aparecida recebe Selo do Ministério da Saúde por avanços na eliminação da Transmissão Vertical de Sífilis

Secretaria de Saúde do município foi laureada pelo trabalho bem sucedido na prevenção e assistência contra a sífilis transmitida na gestação

A Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida (SMS) recebeu, do Ministério da Saúde (MS), na manhã desta quarta-feira, 7 de dezembro, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília, o Selo Prata de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical de Sífilis. A certificação segue critérios das Organizações Mundial de Saúde (OMS) e Pan-Americana de Saúde (Opas).

“Essa certificação é mais uma importante conquista para nosso município na Saúde Pública, especialmente agora, no Dezembro Vermelho, mês de mobilização contra o HIV, a sífilis e outras IST’s (Infecções sexualmente transmissíveis). A transmissão vertical ocorre quando a criança é infectada durante a gestação, e, para receber o Selo Prata, a cidade precisa ter obtido uma redução da ocorrência desses casos para menos de 1,5 para cada mil crianças nascidas vivas”, explica o secretário de Saúde Alessandro Magalhães.

O Selo Prata foi recebido na Fiocruz por três representantes da SMS: a superintendente de Vigilância em Saúde, Daniela Fabiana Ribeiro, a coordenadora do Programa de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s)/Aids e Hepatites Virais, Daniele de Oliveira Prates, e a profissional de Apoio Institucional Débora Almeida Franco.

Avaliação rigorosa

A superintendente Daniela Fabiana Ribeiro destacou que a certificação, que é uma estratégia para fortalecer a rede de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS) no enfrentamento às IST’s, foi recebida por Aparecida após uma detalhada avaliação feita pela Comissão Nacional de Validação (CNV) e o Departamento de Doenças de Condições Crônicas (DCCI) do MS: “Fomos monitorados e avaliados rigorosamente quanto à gestão e realização de ações preventivas, de assistência, de diagnóstico e tratamento das gestantes e de seus filhos no combate à sífilis, uma doença que afeta pessoas de todas as idades no mundo inteiro.”

Para a coordenadora Daniele Prates, a certificação “impulsiona ainda mais nossas atividades permanentes de prevenção e assistência contra a sífilis e todas as demais IST’s. Vamos manter as metas que atingimos e ir além. Nossa equipe está muito feliz pelo reconhecimento desse trabalho desempenhado com seriedade. Nosso foco é o de ampliar e aprimorar sempre os serviços oferecidos à população. ”

Conquista para a população

Já Débora Almeida Franco ressaltou o comprometimento da SMS enfatizando que “a alegria de recebermos essa certificação aumenta ainda mais a nossa responsabilidade com nossos usuários, que são quem mais ganha com isso. Para quebrar a cadeia de transmissão da sífilis as pessoas precisam se testar, e, quando necessário, iniciar o tratamento. Em Aparecida oferecemos essa testagem gratuita em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) para a detecção de sífilis, HIV e Hepatite B e C. Os exames são realizados, analisados e interpretados em meia hora”.

Sífilis no Brasil

Segundo o último Boletim Epidemiológico de Sífilis divulgado pelo Ministério da Saúde em 2020, houve uma taxa de detecção de 72,8 casos por 100.000 habitantes em 2019. No mesmo ano, a taxa de detecção de sífilis em gestantes foi de 20,8 para 1.000 nascidos vivos; a taxa de incidência de sífilis congênita foi de 8,2 e a taxa de mortalidade por sífilis congênita foi de 5,9 por 100.000 nascidos vivos.

Aparecida: foco na prevenção

Em Aparecida, o Programa de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s)/Aids e Hepatites Virais da SMS trabalha o ano inteiro com intensa e permanente testagem, além de atualizar e orientar os profissionais sobre a importância da realização do teste rápido, tratamento e acompanhamento, bem como sobre o fluxo de atendimento para as sífilis adquirida, em gestante e congênita.

Ao mesmo tempo, são realizadas ao longo do ano ações de educação em saúde e orientações para gestantes sobre a importância do tratamento adequado da sífilis quando diagnosticada no pré-natal, além de conscientizações sobre a importância do uso do preservativo, do diagnóstico precoce e do tratamento e acompanhamento adequados.

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