Toni Garrido se apresenta com a Sinfônica de Goiânia em homenagem a Tom Jobim e Vinicius de Moraes

Uma super banda, uma orquestra e, no vocal, o cantor Toni Garrido passeiam por um dos períodos mais marcantes da música brasileira ao contar a história de amizade de dois grandes mestres da MPB, Tom Jobim e Vinicius de Moraes. O espetáculo Noites de Orfeu será apresentado nesta terça-feira, a partir das 20 horas, no Centro de Convenções da PUC Goiás, com a participação especial da Orquestra Sinfônica de Goiânia. O show foi construído em cima de arranjos exclusivos do maestro Sergio Kuhlmann e conta com regência de Eliel Ferreira.
Garrido viveu o personagem Orfeu no longa-metragem de mesmo nome dirigido por Cacá Diegues em 1999. Já a peça Orfeu da Conceição foi escrita em 1954 por Vinicius de Moraes e com trilha sonora de Jobim e letras do Poetinha. “Depois de quase 20 anos que fiz o filme continuo amando o personagem e pensei em uma forma de continuar vivendo-o. Algumas pessoas me conhecem apenas como Orfeu da televisão. Acho isso bastante carinhoso. No filme, ele morre, na música não”, contou o cantor, em entrevista ao POPULAR.
Na produção idealizada por Garrido, o líder do Cidade Negra interpreta pérolas dos imortais nomes da MPB, como \valsa de Euridice, Felicidade, Ela é Carioca, Desafinado, Chega de Saudade e outras. Noites de Orfeu traz ainda composições de outros grandes nomes da música brasileira, como Baden Powell e Carlos Lyra. “No Brasil não existe nada mais completo e fundamentalmente pronto do que a obra de Tom Jobim. O Tom transformou o erudito em popular. O Vinícius é a poesia do Brasil. As canções são arrebatadoras”, diz.
No palco, Garrido montou uma verdadeira seleção de músicos para o espetáculo, como o maestro Osmar Milito, que foi um grande amigo de Tom, no violão, Marcel Powell, filho de Baden, que herdou o talento do pai, Zé Luis Maia, que está no baixo, e Ronaldo Silva, na bateria e percussão. “Fizemos questão de trazer à tona a beleza dessas canções tanto na parte instrumental quanto nas letras e por isso montamos um timaço. Eles todos são filhos de pais que cresceram com a bossa nova”, comenta.